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Como o mundo reage à juros mais altos?

Fuchinobe não é o tipo de lugar onde especuladores enriquecem. A estação de trem do subúrbio próximo de Tóquio está cercada de edifícios de apartamentos e casas residenciais. Mas Fuchinobe é onde reside Yuka Yamamoto, 44 anos, uma estrela entre os chamados shufu toshika no Japão, ou ” investidores domésticos”.

Yuka Yamamoto, que trabalha num laboratório químico, escreveu 40 livros com dicas de investimento para donas de casa. Ela aparece constantemente na TV e há pouco deu sua opinião sobre o boom que o primeiro- ministro Shinzo Abe e o diretor do Banco do Japão, Haruhiko Kuroda, estimularam adotando uma política monetária de afrouxamento conhecida como “Abenomics”.

“Acho que a estratégia é excelente”, disse ela. Semanas antes, ela havia vendido uma grande parte das suas ações e escapado do mais recente minicrash da Bolsa de Tóquio. Depois de cair mais de 80% desde o fim de novembro, o índice Nikkei sofreu sua maior queda em maio desde a falência do Lehman Brothers em 2008. As oscilações violentas continuaram em junho.

Os investidores também se abalaram com a velocidade com que os preços subiram e depois despencaram nos mercados na Europa e América do Norte recentemente.

Essas rápidas mudanças foram desencadeadas por um homem que, às vezes, é chamado de “helicóptero Ben” nos mercados financeiros porque ele certa vez flertou com a ideia de lançar dinheiro de um helicóptero para combater a crise. Ao mesmo tempo que o Banco do Japão anuncia sua intenção de injetar mais dinheiro no sistema, o presidente do Federal Reserve, Ben Bernanke, pretende lentamente tirar da economia o dinheiro barato que intoxicou os investidores durante anos. Pelo menos é isso que muitos investidores acham. E como a atividade nos mercados está baseada especialmente em expectativas, os preços de títulos e ações caíram recentemente, ao passo que as taxas de juro de longo prazo subiram, embora nenhum dos grandes bancos centrais tenha promovido mudanças nas suas atuais taxas de empréstimo bancário.

Fim da injeção de capital?

Mas os investidores estão preocupados com as retiradas. E se perguntam se as economias nos EUA, Europa e Japão estão fortes o suficiente para operar sem injeção de dinheiro ou se elas continuarem em bases reduzidas.

Quando a crise financeira se intensificou em 2008, o Fed, o Banco Central Europeu e outros bancos centrais iniciaram sua terapia de injeção de capital no sistema. Quase em seguida, reduziram os juros para quase zero e começaram a comprar títulos em grande quantidade. Até hoje, os principais bancos centrais inflaram seus balancetes com tais práticas, para US$ 10 trilhões.

Mas agora alguma coisa está mudando. “Pela primeira vez parece que um país, ou seja, os EUA, está deixando a crise para trás”, diz Ulrich Kater, chefe da equipe de economistas do DekaBank. “E pela primeira vez também um banco central, o Fed, mostra o que está pensando sobre a normalização.” Mas tal pensamento será transformado em ação? E ela poderá ser implementada sem os mercados financeiros enfrentarem um caos?

Rua sem saída, velocidade total

Mesmo que o experimento dê certo nos EUA, uma mudança de política do Fed também produzirá consequências na Europa e na Ásia. Ali também os preços podem cair e os rendimentos aumentar. Países atribulados pela crise poderão enfrentar novamente problemas para obter financiamento e os bancos poderão ser onerados com novas perdas.

“Os bancos centrais entraram numa rua sem saída em alta velocidade. Não podem voltar. Tudo o que conseguirão é brecar lentamente”, afirmou o diretor da gestora de investimentos Xaia, Jochen Felsenheimer, ao avaliar a situação. Mas os presidentes dos bancos centrais também não podem prosseguir na atual trajetória. “A política do dinheiro barato infla os preços dos ativos”, diz Jochen. “Quanto mais demorar a normalização, mais dolorosa será essa normalização.”

Atualmente, o Fed gasta US$ 85 bilhões mensais para comprar títulos do Tesouro americano e títulos lastreados em hipotecas. Isso tem permitido manter os juros hipotecários baixos e revigorar o mercado imobiliário. Uma mera sugestão de Bernanke de que o Fed poderia “reduzir o ritmo” causou um aumento dos juros de hipotecas de 30 anos de 3,35% em maio para quase 4% recentemente. Os juros sobre notas do Tesouro de 10 anos foram de 1,7% para 2,1%. Embora essas taxas ainda estejam muito baixas comparadas com índices históricos, ainda aterrorizam diretores de bancos como chairman do JPMorgan Chase, Jamie Dimon, que afirmou na semana passada que, embora a normalização seja positiva, ela também é “assustadora”.

‘Estamos otimistas’

Para David Folkerts-Landau, economista- chefe no Deutsche Bank, é a estratégia correta. “Tendo em vista a situação econômica, uma política monetária extremamente expansiva envolvendo compras de títulos dessa envergadura não se justifica no longo prazo”, afirmou. “Estamos otimistas no tocante à economia americana e esperamos um crescimento robusto nos próximos anos.” Por isso, sua expectativa é de que o Fed reduza suas compras de títulos para US$ 60 bilhões no próximo semestre.

Ao contrário da Europa, as dívidas de bancos, empresas e famílias declinaram nos EUA ao passo que o endividamento do governo aumentou. Se os juros aumentarem, ficará mais difícil para o governo reduzir sua dívida. Por outro lado, o setor financeiro americano conseguirá administrar um aumento moderado dos juros, diz Folkerts-Landau.

Os especialistas estão mais descrentes no tocante à Europa. “Se o BCE cessar suas injeções de capital, muitos bancos de países da periferia da Europa estarão ameaçados de insolvência”, afirma Jörg Rocholl, presidente da European School of Management and Technology.

Modelo japonês

Mas o Banco do Japão continua desinibido, com os mercados nadando em dinheiro. O novo presidente do banco central japonês vem adquirindo mais de 54,5 bilhões em títulos do governo a cada mês, ou seja 70% de todos os novos títulos.

Se o Japão conseguirá emergir de uma crise persistente graças à Abenomics, isso não dependerá apenas do banco central, que têm mantido os juros próximo do zero desde de meados dos anos 90 e sem sucesso visível. Os mercados financeiros estão esperando reformas e têm se decepcionado com os anúncios feitos até agora.

Por outro lado, a famosa dona de casa Yuka Yamamoto, acredita firmemente no sucesso a longo prazo da política adotada. E mesmo se os EUA apertarem sua política monetária, que ela espera ocorrerá no fim do ano, será bom para o Japão. “O dólar então valorizará e o preço do iene cairá. O que vai beneficiar as empresas exportadoras japonesas.”

Mais prejuízo do que benefício?

Mas para os que aplicam no mercado imobiliário a alta dos juros acabará sendo um problema porque as taxas baixas cobradas nos empréstimos feitos nos últimos anos normalmente ficam congeladas por cinco ou dez anos. Depois disso, as hipotecas geralmente são renegociadas.

Os presidentes dos BCs sabem o que anos de juros baixos e dinheiro barato resultaram para os mercados. Mas eliminar esses “doces” novamente é difícil, diz um especialista, que não descarta um cenário como o de 1994. Na época, as decisões do Fed no campo da política monetária desencadearam um terremoto global nos mercados de títulos.

Recentemente, Jaime Caruana, gerente-geral do Banco de Compensações Internacionais, explicou o que é necessário para que os bancos centrais possam finalmente reconquistar a liberdade de impor uma política monetária mais restritiva sem abalar os mercados: “bancos, famílias e empresas precisam redobrar seus esforços para diminuir o seu endividamento e equilibrar seus balancetes, ao passo que os legisladores precisam redobrar seus esforços para implementar reformas de longo alcance”.

Fonte: Estadão

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